Após falência do SVB, reguladores fecham Signature Bank em Nova York
Na sexta-feira (10/3), houve avalanche de resgates de depósitos dos clientes do Signature Bank, que tinha tinha ativos totais de US$ 110 bi
Além do processo de falência do Silicon Valley Bank (SVB), outra instituição financeira dos Estados Unidos entrou em colapso. No domingo (12/3), o Signature Bank foi fechado pelos órgãos reguladores financeiros do estado de Nova York
De acordo com comunicado divulgado pelo Departamento do Tesouro do governo americano, em conjunto com o Federal Reserve (Banco Central dos EUA) e o Fundo Garantidor de Depósitos (FDIC, na sigla em inglês), os clientes do banco devem ter acesso ao seu dinheiro nesta segunda-feira (13/3), por meio de uma “exceção de risco sistêmico” semelhante àquela que permitirá aos clientes do SVB receber seus valores.
“Assim como na resolução do Silicon Valley Bank, nenhuma perda será carregada pelo contribuinte”, informaram os reguladores de Nova York.
Na sexta-feira (10/3), houve uma avalanche de resgates de depósitos dos clientes do Signature Bank, segundo informações da Bloomberg. A situação teria se estabilizado.
O Signature Bank tinha ativos totais de cerca de US$ 110 bilhões (cerca de R$ 570 bilhões) e depósitos totais de US$ 89 bilhões (R$ 461 bilhões) no dia 31 de dezembro de 2022, de acordo com o Departamento de Serviços Financeiros de Nova York.
A governadora de Nova York, Kathy Hochul, disse que espera que as medidas tomadas pelo governo dos EUA tragam “maior confiança na estabilidade do sistema bancário”.
“Muitos depositantes desses bancos são pequenas empresas, incluindo aquelas que impulsionam a economia da inovação, e seu sucesso é a chave para a economia robusta de Nova York”, afirmou Hochul.
Como noticiado mais cedo pelo Metrópoles, o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) anunciou, por meio de um comunicado divulgado na noite de domingo (12/3), uma linha de empréstimo de emergência para fortalecer o sistema bancário, em meio aos temores de uma segunda-feira “sangrenta” no mercado financeiro.
Segundo o Banco Central dos EUA, a medida tem o objetivo de “ajudar a garantir que os bancos tenham a capacidade de atender às necessidades de todos os seus depositantes”.
O Fed afirmou ainda que está “preparado para lidar com quaisquer pressões de liquidez que possam surgir”.