Com baixa adesão, Ministério da Saúde prorroga campanha de vacinação contra poliomielite
Previsão era terminar na sexta-feira (9), mas pais e responsáveis têm até o dia 30 para imunizar as crianças de 0 a 5 anos
O Ministério da Saúde confirmou na manhã desta terça-feira (6) que a campanha de vacinação contra a poliomielite e a de multivacinação vão ser prorrogadas até o dia 30 de setembro. A decisão foi tomada devido à baixa adesão da população à campanha.
De acordo com dados do DataSUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde), 35% das crianças na faixa etária de 1 a menos de 5 anos foram imunizadas contra a poliomielite e cerca de 4 milhões de doses foram aplicadas desde o início da mobilização.
O objetivo da campanha contra a paralisia infantil é atingir a cobertura vacinal igual ou superior a 95% de crianças na faixa etária citada, além de reduzir o número de não vacinados entre crianças e adolescentes menores de 15 anos e aumentar a cobertura vacinal, conforme o Calendário Nacional de Vacinação.
Na campanha contra a poliomielite, o público-alvo são cerca de 14,3 milhões de crianças menores de 5 anos, e as crianças menores de 1 ano deverão ser imunizadas conforme a situação vacinal para o esquema primário.
Já os pequenos de 1 a 4 anos deverão tomar uma dose da VOP (Vacina Oral Poliomielite), a popularmente chamada de vacina da gotinha, desde que já tenham recebido as três doses da Vacina Inativada Poliomielite (VIP) – injetável – do esquema básico.
Na campanha de multivacinação, os mais de 38 mil postos do país oferecem as seguintes vacinas: hepatites A e B, penta (DTP/Hib/Hep B), pneumocócica 10 valente, VIP (Vacina Inativada Poliomielite), VRH (Vacina Rotavírus Humano), meningocócica C (conjugada), VOP (Vacina Oral Poliomielite), febre amarela, tríplice viral (sarampo, rubéola, caxumba), tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba, varicela), DTP (tríplice bacteriana), varicela e HPV quadrivalente (papilomavírus humano).
Para os adolescentes de até 15 anos, as vacinas HPV, dT (dupla adulto), febre amarela, tríplice viral, hepatite B, dTpa e meningocócica ACWY (conjugada) também estão sendo oferecidas.
Cinco motivos que estão levando à volta do sarampo e da poliomielite
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Falta de percepção de risco: o que move, principalmente, uma pessoa a sair de casa para levar o filho para vacinar é a percepção de risco. Como se tratam de doenças que estavam erradicadas no país – a poliomielite está erradicada desde 1990 e o sarampo, estava desde 2016, voltando a ter registro este ano –, há uma falsa percepção de que não há risco de contrair essas doenças
André Brant/Agência Minas
Fonte:https://noticias.r7.com/saude/com-baixa-adesao-ministerio-da-saude-prorroga-campanha-de-vacinacao-contra-poliomielite-06092022