Por R$ 82 milhões, clube italiano anuncia campo-grandense como reforço - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

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Ao comprar em qualquer loja, é comum ouvir a pergunta "quer parcelar?". Nas compras online, as condições de parcelamento sem juros costumam estar destacadas logo na página principal dos sites. Mas o que está acontecendo é que o número de prestações sem juros está ficando cada vez menor ao longo dos anos. Uma pesquisa feita pela Gmattos aponta que somente 17,2% das lojas oferecem o parcelado em 12 vezes sem juros, enquanto há cinco anos a taxa era de 85%. Será que há risco de esse meio de pagamento deixar de ser ofertado no mercado?

"Não acho que ele vá acabar completamente. Se o cenário econômico mudar, se começar a ter mais previsibilidade e conseguir controlar melhor as finanças, acho que vão oferecer mais parcelamento sem juros", afirma Olavo Cabral Netto, CEO da fintech Listo.

Muitos especialistas fazem um alerta: o parcelamento sem juros pode embutir a taxa nas prestações, mas muitas vezes o produto é vendido pelo mesmo preço pago à vista, então o consumidor que não tem todo o dinheiro na hora acaba sendo beneficiado.

Número alto de parcelas custa caro ao comércio Com o parcelamento sem juros, o lojista precisa fazer a antecipação do dinheiro, o que está ficando cada vez mais caro por causa da alta taxa de juros. Se o lojista oferece o parcelamento em 12 vezes sem juros, dois terços dos consumidores escolhem essa opção. O vendedor paga a taxa na antecipação, além da taxa de cartão. Nesses casos, o custo pode mais do que dobrar. Gastão Mattos, CEO da consultoria Gmattos.

"Não acho que ele vá acabar completamente. Se o cenário econômico mudar, se começar a ter mais previsibilidade e conseguir controlar melhor as finanças, acho que vão oferecer mais parcelamento sem juros", afirma Olavo Cabral Netto, CEO da fintech Listo. Muitos especialistas fazem um alerta: o parcelamento sem juros pode embutir a taxa nas prestações, mas muitas vezes o produto é vendido pelo mesmo preço pago à vista, então o consumidor que não tem todo o dinheiro na hora acaba sendo beneficiado.

Giuliana Saringer

Do UOL, em São Paulo

07/07/2022 04h00Atualizada em 07/07/2022 08h04

Ao comprar em qualquer loja, é comum ouvir a pergunta "quer parcelar?". Nas compras online, as condições de parcelamento sem juros costumam estar destacadas logo na página principal dos sites. Mas o que está acontecendo é que o número de prestações sem juros está ficando cada vez menor ao longo dos anos.

Uma pesquisa feita pela Gmattos aponta que somente 17,2% das lojas oferecem o parcelado em 12 vezes sem juros, enquanto há cinco anos a taxa era de 85%. Será que há risco de esse meio de pagamento deixar de ser ofertado no mercado?

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"Acho difícil imaginar que o parcelado vá acabar, até porque faz parte da cultura do Brasil. No entanto, 12 vezes sem juros é quase uma anomalia para o comércio. Existe uma tendência de diminuir, mas não extinguir. Um equilíbrio seria em três ou quatro vezes sem juros", afirma Gastão Mattos, CEO da consultoria Gmattos.

"Não acho que ele vá acabar completamente. Se o cenário econômico mudar, se começar a ter mais previsibilidade e conseguir controlar melhor as finanças, acho que vão oferecer mais parcelamento sem juros", afirma Olavo Cabral Netto, CEO da fintech Listo.

Muitos especialistas fazem um alerta: o parcelamento sem juros pode embutir a taxa nas prestações, mas muitas vezes o produto é vendido pelo mesmo preço pago à vista, então o consumidor que não tem todo o dinheiro na hora acaba sendo beneficiado.

Número alto de parcelas custa caro ao comércio

Com o parcelamento sem juros, o lojista precisa fazer a antecipação do dinheiro, o que está ficando cada vez mais caro por causa da alta taxa de juros.

Se o lojista oferece o parcelamento em 12 vezes sem juros, dois terços dos consumidores escolhem essa opção. O vendedor paga a taxa na antecipação, além da taxa de cartão. Nesses casos, o custo pode mais do que dobrar.
Gastão Mattos, CEO da consultoria Gmattos

Como o parcelamento é uma necessidade, principalmente para bens de consumo mais caros, é preciso encontrar um equilíbrio para os dois lados.

Giuliana Saringer

Do UOL, em São Paulo

07/07/2022 04h00Atualizada em 07/07/2022 08h04

Ao comprar em qualquer loja, é comum ouvir a pergunta "quer parcelar?". Nas compras online, as condições de parcelamento sem juros costumam estar destacadas logo na página principal dos sites. Mas o que está acontecendo é que o número de prestações sem juros está ficando cada vez menor ao longo dos anos.

Uma pesquisa feita pela Gmattos aponta que somente 17,2% das lojas oferecem o parcelado em 12 vezes sem juros, enquanto há cinco anos a taxa era de 85%. Será que há risco de esse meio de pagamento deixar de ser ofertado no mercado?

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"Não acho que ele vá acabar completamente. Se o cenário econômico mudar, se começar a ter mais previsibilidade e conseguir controlar melhor as finanças, acho que vão oferecer mais parcelamento sem juros", afirma Olavo Cabral Netto, CEO da fintech Listo.

Muitos especialistas fazem um alerta: o parcelamento sem juros pode embutir a taxa nas prestações, mas muitas vezes o produto é vendido pelo mesmo preço pago à vista, então o consumidor que não tem todo o dinheiro na hora acaba sendo beneficiado.

Número alto de parcelas custa caro ao comércio

Com o parcelamento sem juros, o lojista precisa fazer a antecipação do dinheiro, o que está ficando cada vez mais caro por causa da alta taxa de juros.

Se o lojista oferece o parcelamento em 12 vezes sem juros, dois terços dos consumidores escolhem essa opção. O vendedor paga a taxa na antecipação, além da taxa de cartão. Nesses casos, o custo pode mais do que dobrar.
Gastão Mattos, CEO da consultoria Gmattos

Como o parcelamento é uma necessidade, principalmente para bens de consumo mais caros, é preciso encontrar um equilíbrio para os dois lados.

"O desafio hoje é buscar lucratividade e, ao mesmo tempo, ter uma oferta que possa atingir todos os nichos de mercado. Você precisa gerir a receita do negócio, mas por outro lado atender a necessidade do cliente de parcelar", afirma Mattos.

Apesar de serem chamados de sem juros, normalmente o parcelamento já costuma ter o valor dos juros embutido no valor do produto. Para Netto, o cenário macroecônomico de juros e inflação altos torna cada vez mais difícil ao comércio oferecer este tipo de parcelamento.

"O comércio começa a ter mais dificuldade de absorver esse custo. O que acontecia antes era que o valor dos juros estava na conta das empresas, ficava mais fácil ela absorver isso e passar esse modelo de preço para o mercado. Com o descolamento muito rápido, com inflação e juros subindo, cada empresa adota uma estratégia", afirma Netto.

O maior número de parcelas sem juros já está fazendo falta para alguns brasileiros, que reclamaram do tema em redes sociais.

Outros tipos de parcelamento O mercado financeiro tem criado novas alternativas ao cartão de crédito, para incluir pessoas que não possuem limite disponível. Uma das modalidades em ascensão é o buy now, pay later (compre agora, pague depois, em português). O pagamento pode ser feito via transferência bancária, Pix, cartão de crédito ou débito nesta modalidade. Não é a primeira vez que o Brasil enfrenta altas taxas de juros. Em 2015 e 2016, por exemplo, a Selic chegou a 14,25% ao ano - valor ainda mais alto do que o patamar atual, de 13,25% ao ano. 

Tínhamos outra realidade. Lá atrás, o grande desafio do e-commerce era atrair clientes. Precisava ter um benefício diferente para motivar a compra online e o parcelamento em mais vezes sem juros era um deles. Hoje o desafio é incluir novos meios de pagamento Gastão Mattos, CEO da consultoria Gmattos Netto diz que no passado, apesar da taxa alta, existia mais previsibilidade em prazos mais curtos. "Tudo isso tem a ver com quanto tempo a empresa consegue se planejar financeiramente para oferecer essa opção", afirma Netto..

Desconto no pagamento à vista Se o número de parcelas sem juros está diminuindo, por outro lado têm surgido mais descontos para quem decide pagar tudo de uma vez. Os descontos podem ser ainda maiores quando o meio de pagamento escolhido é o Pix. "Já que tirou o parcelamento em tantas vezes, muitas lojas compensam para quem paga em uma parcela só", afirma Mattos.

Parcelar demais pode trazer dívidas Apesar de ser considerado um aliado no planejamento financeiro, pode ser também fonte de dívidas. "O brasileiro tem a relação de amor e ódio com o parcelamento e algumas vezes acaba se endividando demais. O risco é acabar caindo em uma situação de dívida excessiva quando há descontrole financeiro", afirma Netto.